Venezuela já não quer o Atlântida
É oficial. O impasse no negócio da venda do ferry Atlântida à Venezuela acabou com a desistência daquele país sul-americano. A decisão já terá sido comunicada à Empordef, a holding que controla a ENVC.O acordo de princípio para a venda do Atlântida à Venezuela foi anunciado pelos dois governo em Fevereiro do ano passado e confirmado meses depois, aquando da visita de Hugo Chávez aos estaleiros de Viana do Castelo. Na altura, o presidente venezuelano falou mesmo na possibilidade de encomendar mais navios para constituir uma frota.
Afinal, segundo avança a “Lusa”, a Venezuela desistiu do negócio, que representaria para a ENVC um encaixe bruto de cerca de 42,5 milhões de euros e, mais do que isso, o fim da “dor de cabeça” que representa a paragem forçada do ferry, agora nos estaleiros do Alfeite.
O navio foi encomendado pela Atlânticoline, controlada pelo Governo Regional dos Açores. E por ela rejeitado, por ter falhado por 1,5 nós a velocidade máxima prevista no contrato. Isto em 2009.
Em Outubro passado, o secretário de Estado da Defesa, numa audição parlamentar, desvalorizou os testes de mar realizados pela Germanischer Lloyd e garantiu que o ferry superou os 18 nós nas provas de mar entre Viana do Castelo e Lisboa. Hoje, o “DN” noticia que os ditos testes não seriam válidos para efeitos de certificação, uma vez que apenas terão sido realizados num sentido (no caso, Norte-Sul).
A recusa da Atlânticoline em receber o navio (e havia um outro, o Anticiclone, que não passou dos blocos) é mal vista em muitos quadrantes. Todavia a empresa mantém-se inflexível e ameaça mesmo recorrer à Justiça para receber a indemnização acordada com a ENVC.
Em riscos de falência, e desesperadamente à procura de um investidor externo (holandês,m brasileiro, angolano…), a ENVC tem também agora de encontrar um novo comprador para o Atlântida.
Fonte: Transportes & Negócios.
1 comentário:
Quando a fartura é de mais não resulta!
Negócio de "MENTIROSOS" é o que foi.
Saudações maritimo-entusiásticas
Rui Amaro
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