quarta-feira, 17 de setembro de 2008

SINES PROMETE DISPUTAR COM ESPANHA


Sines, 17 Set (Lusa) - O primeiro-ministro lançou hoje a segunda fase da ampliação do terminal de contentores do Porto de Sines, obra que o concessionário do porto garante que permitirá disputar com Espanha a quota de mercado de navios pesados.
Além de José Sócrates, estiveram presentes na sessão o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, e secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, e o presidente das Câmara de Sines.
Numa cerimónia curta, José Sócrates colocou de forma simbólica a primeira pedra das obras da segunda fase de expansão do Terminal XXI do Porto de Sines - um investimento avaliado em 69 milhões de euros.
Segundo o ministro Mário Lino, aos 69 milhões de euros, somar-se-ão ainda complementarmente cerca de 40 milhões de euros de investimento público.
De acordo com as estimativas da empresa concessionária do Porto de Sines, a PSA, no final de 2009, haverá condições para duplicar a actual capacidade de carga de 400 mil TEU (unidade de medida de contentores) para 800 mil TEU.
Antes dos discursos do primeiro-ministro e do ministro das Obras Públicas, o administrador delegado da PSA, Jorge de Almeida, salientou que Portugal tem uma quota ibérica de oito por cento em matéria de trânsito portuário.
"Esta enorme desproporção não se explica pela diferença de dimensão das duas economias. Ao contrário de Valência e de Barcelona, Portugal ainda não está em condições para receber navios mãe" (de grande carga, com capacidade de transporte na ordem dos 9500 TEU), disse o responsável empresarial.
O administrador delegado adiantou que, no final do corrente ano, irão para o mar os primeiros navios mãe com capacidade de carga de 14 mil TEU.
Já o primeiro-ministro, num curto discurso de improviso, salientou a ideia de que "o investimento público deve acompanhar o investimento privado".
Neste contexto, Sócrates frisou que em Sines haverá a curto prazo cinco projectos de investimento privado de grandes dimensões, que poderão tornar a região "um cluster petroquímico, entre os dez maiores da Europa".
"Durante décadas Portugal viveu com a ideia de que o sonho de Sines nunca se concretizaria. Mas Sines volta agora a ser uma terra de oportunidades e de progresso", declarou, usando uma ideia que já apresentada hoje ao fim da manhã, depois de ter presidido à cerimónia de ampliação do complexo petroquímico da Repsol.
Em termos de mensagem política, o primeiro-ministro salientou ainda que, "apesar da conjuntura internacional ser extremamente negativa para o investimento, mesmo assim concretizaram-se todos os grandes projectos de investimentos previstos para Sines ao longo dos dois últimos anos".
Também o ministro Mário Lino afirmou que em breve será desfeita a ideia de que o projecto do Porto de Sines constituiu um "elefante branco" na História da economia portuguesa.
"Face ao semestre homólogo, 2008 mostra Sines a crescer em termos globais quase cinco por cento, claramente acima do ritmo de crescimento dos restantes portos nacionais e espanhóis, e muito ainda acima do crescimento da economia. Mas o crescimento é ainda mais significativo quando olhamos especificamente para o terminal de contentores, que cresceu neste primeiro semestre mais de 38 por cento", acrescentou.

Informação colhida através de / Text Copyrights: Lusa

2 comentários:

Rita Silva Avelar disse...

Olá. Muito agradecida pela a sua opinião sobre o meu blogue.
E claro que continuarei a pensar, os meus objectivos quanto à escrita vão mais longe que o meu canto na internet.
Parabéns pelo seu blogue, adoro jornalismo e aqui há coisas bem interessantes. Obriogada por partilhar. É bom saber que o nosso país está a crescer pelo menos em alguns sentidos, apesar dos excessivos gastos monetários que se têm verificado nos últimos anos.

Cumprimentos

Anónimo disse...

Nada como o decorrer do tempo para dar razão aos indivíduos com visão. Ou para fazer outros seguir visões deficientes. Sines foi cavalo de batalha política nos primeiros tempos da democracia, apontado o projecto como exemplo das más decisões da ditadura. Agora podemos concluir que, das duas uma: ou foi um grande projecto ou temos mais cegos a insistir na ideia. Vale a pena confrontar a actual ideia dos governantes portugueses com a visão de Jacques Atali no seu livro "Breve História do Futuro".

Esta opinião não pretende ser um elogio da ditadura, naturalmente. Tão só mostrar de que modo a argumentação política tantas vezes se afasta da verdade.

Parabéns pelo blog.
Magalhães Pinto
poliscopio.blogspot.com

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