O aumento do tamanho dos navios porta-contentores foi ligeiramente atenuado com a crise, mas não parou, o que significa que os portos de transbordo tendem igualmente a ver a sua importância acrescida.
A afirmação é de Christian Laursen, da APM Terminals. Este especialista constata que apesar de portos e terminais podem ter passado no “teste de stress” aquando do recente declínio no volume global de contentores, ainda existem desafios futuros, como o da movimentação dos ULCS (Ultra Large Container Ships), os navios maiores que estão agora a entrar no mercado.
Falando na conferência anual TransFin, Laursen observou que tendo a indústria sobrevivido à queda acentuada de 10% no volume global de contentores, que resultou da recessão de 2009 em todo o mundo, novos ajustes ainda devem ser feitas pelos portos e operadores de terminal para se manterem competitivos no que o diretor da APM Terminals apelidou "New Normal" - uma indústria caracterizada, pelo menos em parte, por "um elevado grau de incerteza".
Essa incerteza tem levado, por sua vez, a uma revisão dos tempos de trânsito e das escalas, bem como à revisão de planos de capacidade de expansão por parte dos operadores. Estas preocupações estão a ser potenciadas pelo grande número de navios ULCS com capacidade de mais de 10.000 teu na frota marítima global, que representam mais de 40% dos navios encomendados.
Muitos navios previamente desactivados estão a ser reabsorvidos e, apesar de diferimentos nas entregas, os navios maiores ainda estão em maioria no conjunto dos que estão a chegar ao mercado, diz ele. Assim, enquanto a procura global continua a ser incerta, "o que parece não ter mudado é a procura por infra-estruturas adequadas para lidar com esses navios maiores". Isto inclui a profundidade adequada nos canais de acesso, bem como a dimensão adequada dos terminais.
Fonte: Cargo News.
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