O porto do Soyo, na Província do Zaire (Angola), vai proceder em 2010-2011 à aquisição de equipamentos portuários, à construção de mais 300 metros de cais, dum novo edifício administrativo principal e dos portos secos do Nzeto e do Tomboco, explicou o diretor-geral do porto do Soyo, Abel Paulo, à agência Angop.
As novas descobertas nos blocos petrolíferos da região, a entrada para breve da produção da fábrica de gás liquefeito "Angola LNG", o impulso do turismo local com a implementação de novos projetos, as perspetivas de novos dados sobre o crescimento da indústria das pescas, o comércio e outros, animam a empresa nos novos investimentos.
Os portos secos serão criados na área do "Campo 8" (Soyo), com 10 hectares, enquanto outro de 30 hectares será construído entre as localidades do Tomboco e Nzeto, cerca de 200 quilómetros a sul da cidade petrolífera. O diretor-geral do porto do Soyo acrescentou que está também prevista a aquisição no período 2010/2011 de uma draga de grande capacidade para a manutenção regular das bacias de manobras do porto do Soyo, Nóqui e também do porto de Cabinda, que é parceiro alternativo.
"O porto do Nóqui é reconhecido como imprescindível no movimento de mercadorias pelas autoridades do Baixo Congo. Já recebemos algumas comissões ministeriais preocupadas com o reinício das atividades da unidade, de que sabemos, beneficia à RDC de baixos custos operacionais em relação ao porto de Matadi", informou.
O novo edifício inclui um "Guiché Único do Porto", com as atividades dos Serviços das Alfândegas, Despachantes Oficiais, Agentes de Navegação e serviços afins, reservando ainda áreas para a instalação das agências do BCI, BIC e Banco Sol.
Com a atual capacidade instalada, o porto fluvial do Soyo recebe a atracagem, em simultâneo, de cinco navios de longo curso/dia (origem da Europa, América, Ásia e outros países de África), movimentando anualmente mais de sete milhões e 600 toneladas de mercadorias importadas e exportadas. Em termos de receitas, o porto do Soyo arrecadou, em 2009, mais de 124 milhões de Kwanzas, mais 13 milhões em relação ao ano anterior de 2008, provenientes da cobrança da curta estadia e acostagem de navios que escalam o Soyo.
O porto do Soyo tem 30 anos de existência e foi criado fundamentalmente para apoiar o relançamento das operações da indústria petrolífera, tempos depois da Independência Nacional.
Fonte: Cargo News
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