Um nível máximo de 0,1% de emissões de enxofre para o transporte marítimo de curta distância (TMCD) será um desastre para o setor. A IMO quer impor esse limite em 2015, mas a transformação dos propulsores dos navios, que teriam de passar a consumir, por exemplo, gás natural liquefeito (GNL), seria demasiado onerosa para os transportadores e carregadores, reclama a ECSA (Associação Europeia de Armadores). Esta associação apoia-se num estudo das universidades belgas de Antuérpia e Louvain que mostra que o combustível de navegação purificado tornará o transporte por mar muito caro, o que terá como provável consequência uma transferência modal cujo resultado será o aumento dos custos externos.
Entretanto, a Organização Marítima Internacional aceitou oficialmente a proposta de designar as águas ao largo das costas da América do Norte como uma Área de Controle de Emissões (ECA) - uma medida que vai resultar num ar mais limpo para milhões de americanos. Os grandes navios que operam na ECA devem usar combustível mais limpo que não afete a qualidade do ar, o que originará grandes benefícios para a saúde pública que se estendem a centenas de quilómetros para o interior. A ECA foi proposta em março de 2009 e a OMI adotou-a no mais rápido espaço de tempo possível.
O cumprimento das rigorosas normas ECA irá reduzir o teor de enxofre no combustível em 98% - e, em consequência, as emissões de partículas em 85% e de óxido de azoto (NOx) em 80%. Para alcançar estas reduções, a fase de adoção de padrões mais rígidos de enxofre terá início em 2012, para atingir um máximo de 1 000 partes por milhão em 2015. Além disso, os novos navios devem equipar tecnologias avançadas de controle de emissão a partir de 2016, o que irá ajudar a reduzir as emissões de NOx.
Como resultado, quase cinco milhões de pessoas irão sentir alívio de sintomas respiratórios agudos em 2020 e até 14.000 vidas serão salvas a cada ano.
Fonte: Cargo News
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