quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

CARTA ABERTA AOS PORTUGUESES

Exportar o Mar, a mais urgente obra pública
O Presidente da República sublinhou na sua mensagem de Ano Novo que Portugal terá, no aumento das exportações, um dos trunfos para vencer a grave crise económica que se está a abater sobre todos nós. Sabemos que nos endividamos cada vez mais no estrangeiro, ao exportar cada vez menos do que se importa.
Será nas actividades do Mar que o nosso Pais poderá, em pouco tempo, se lançarmos mãos à obra, encontrar as riquezas para exportar que nos salvem dum naufrágio.O MAR está à porta dos portugueses.
As actividades a ele inerentes podem minguar, crescer, paralisar, reduzir-se ou imobilizar-se, mas o MAR está e estará sempre no mesmo local. Não se desmonta, não vai à falência, não se embala e transfere para países do terceiro mundo, não parte à procura de mão-de-obra barata; está lá sempre à nossa espera, a aguarda que lhe captem as suas potencialidades.
O País encontra-se sobre um precipício e nele cairá se não ampliar rapidamente as suas exportações. E essa ampliação só será alcançada se os estrangeiros as quiserem comprar. E só compram aquilo que não tiverem melhor e mais barato. E o que fazer para tal objectivo? Investir nas actividades e produtos inerentes ao MAR onde seja urgente, a saber:
- O Turismo - O turismo de qualidade, de apetência, de satisfação e prazer. No lazer, no entretenimento, no ambiente da natureza, nos desportos náuticos, enfim na valorização e desenvolvimento harmonizado e sustentado de todas as estruturas que na beira mar e na orla costeira podem atrair os visitantes e deixar neles o gosto de voltar.
- Os Portos - Os nossos seis portos principais devem ser adaptados, equipados e preparados para as actividades da nova geração dos grandes navios. Rentabilizados na mobilidade das mercadorias e dos turistas que por eles passem ou que possam ser transferidas para portos estrangeiros (exportadas) restaurando e modernizando as degradadas estruturas e vias de comunicação. Ampliados nas suas ofertas de docas e marinas de recreio.
- As Pescas - As pescas podem e devem, dentro dos condicionamentos da EU, orientar-se para as espécies de maior valor rentabilizando todos os seus produtos no maior aplicação possível ao acondicionamento (conservas e outros em imagens atractivas) para exportação. Modernizar as suas frotas. Valorizar as suas tripulações. Minimizar os desperdícios. Aperfeiçoar a manutenção, conservação e reparação das unidades e das artes.
- Os Estaleiros - Os estaleiros quer de construção quer de reparação naval devem ser ampliados e equipados de modo a construir rapidamente unidades modernas e competitivas para o comércio marítimo, para as pescas e para o recreio. Com especial incidência na procura dos mercados dos países da CPLP.Exportar um navio equilibra tanto a balança de pagamentos como exportar 10.000 carros.
As Investigações e Conhecimento Científico das Ciências do Mar
- As Ciências dos MAR e os organismos que as dinamizam devem receber melhores meios humanos de investigação e ensino, melhores equipamentos laboratoriais e ficar mais facilitados a todos os elementos estrangeiros que os desejarem frequentar de modo a se alcançarem nos suas instalações os mais actualizados estudos e investigações nas Ciências Marinhas.
- As Riquezas dos Fundos Marinhos - A actividades de pesquisa aos fundos do mar devem incidir num rápido Planeamento das riquezas minerais nele existentes; nas riquezas arqueológicas e na capacidade de das actividades subaquáticas desde as científicas até às de cinema e vídeo. Para levar à prática a execução de todas as actividades, acima referenciadas, deve ser instituída UM LISTAGEM urgente das mesmas (quer públicas quer privadas) e constituído um Fundo de pelo menos 20 mil milhões de Euros que seriam atribuídos de acordo com a ordem prioritária da referida lista das obras públicas rentáveis e de garantia sustentável futura aos empregos a criar.
De imediato os projectos do TGV, do novo aeroporto de Lisboa, da 3ª travessia do Tejo, e das auto-estradas planeadas, para menos de 100 quilómetros das existentes, seriam colocados no final da referida LISTAGEM.Se conhecerem outro projecto para melhor e mais rapidamente reduzir o tremendo défice comercial que nos vai afogar a todos apresentem-no.Está nas vossas mãos.Joaquim Ferreira da SilvaCapitão da Marinha MercanteMembro da Secção Transportes de Sociedade de GeografiaMembro da Academia de MarinhaPresidente da Fundacion TECNOSUB-Tarragona.
Joaquim Ferreira da Silva
Capitão da Marinha Mercante
Membro da Secção Transportes de Sociedade de Geografia
Membro da Academia de Marinha
Presidente da Fundacion TECNOSUB-Tarragona
Informação colhida através de / Text Copyrights: Cargo News.
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Sem Dúvida um excelente texto, uma mensagem de esperança aos profissionais do sector Marítimo, mas também uma palavra ás nossas empresas, aos nossos Exportadores.


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