quinta-feira, 10 de setembro de 2009

PET-DECISÃO FINAL PARA DEPOIS DAS ELEIÇÕES


O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, decidiu prolongar o período de consulta pública do Plano Estratégico de Transportes, PET, por mais 60 dias. Esta medida coloca a decisão final quanto ao PET sob a responsabilidade do próximo Governo.O projecto do PET que se encontra em discussão foi elaborado pela Universidade Nova de Lisboa e coordenado pelo Gabinete de Planeamento Estratégico e Relações Internacionais, GPERI, tutelado pelo MOPTC. O documento tem como objectivos propor medidas para melhorar, entre outras áreas, a conectividade do país com o exterior, reforçar o papel dos portos e fortalecer as ligações ao hinterland ibérico.Na versão disponível no site do MOPTC, faz-se uma análise profunda dos constrangimentos e oportunidades da logística e dos transportes em Portugal, com os autores do estudo a avançarem uma análise SWOT não só dos sectores referidos como também do ordenamento do território e mobilidade urbana, adiantando uma “cenarização” cujo horizonte temporal se estende a 2020.Para os especialistas, a situação logística portuguesa caracteriza-se por uma “acentuada dispersão, pequena dimensão e localização desordenada” das empresas, “com implicações a nível do ordenamento do território e do congestionamento viário”. Segundo adiantam, prevalece uma “oferta infra-estrutural claramente deficitária, com manifestas carências no que respeita a instalações de segunda linha devidamente integradas e organizadas”. Além disso, “os ganhos de eficiência das cadeias logísticas têm vindo a ser obtidos exclusivamente por acção de operadores logísticos ao serviço de clientes de média e grande dimensão e com impacte limitado na economia nacional”. No apoio à produção, a logística apresenta como “debilidade mais notória a falta de consistência traduzida em estruturas deficientes e pouco articuladas, o que impede a obtenção dos ganhos de competitividade propiciados por um funcionamento correcto em rede”.O estudo define uma série de objectivos operacionais por sector, que na logística passam por um maior “número de plataformas com articulação internacional a funcionar” e um maior “número de operadores instalados por plataforma”, além do crescimento das “toneladas de tráfego internacional processadas” e da racionalização da distribuição urbana de mercadorias. O documento prevê que a colocação em prática das ideias defendidas deverá mobilizar perto de 29,2 mil milhões de euros.
Fonte: Logistica Moderna

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