Porto de Leixões assume aposta no Magrebe, Palop, Báltico e Brasil
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É por achar que tem o tema das infra-estruturas bem encaminhado e a prática da responsabilidade social e da ligação com a comunidade bem resolvida e cimentada que a Administração dos portos de Douro e Leixões (APDL) vai transformar o ano de 2010 como aquele em que se vai "centrar no negócio portuário" e fazer um "claríssimo reforço da sua actividade comercial".
Em conferência de imprensa realizada hoje, o presidente da APDL, anunciou, já a partir de Março, o maior esforço em operação comercial de sempre do Porto de Leixões, com a organização de uma Conferência Internacional sob o tema "O Porto de Leixões e o Mercado Global", que se vai subdividir em quatro sessões, tantas quantos os mercados que foram identificados como estratégicos para o Porto: Magrebe, Comunidade Económica dos PALOP, Báltico e Brasil.
"Nós já temos relações com alguns destes mercados, mas do ponto de vista do que nós acreditamos poder conseguir, estes quatro mercados representam apenas um peso residual na actividade do porto. Acreditamos que, em conjunto9 com os nossos concessionários e parceiros vamos conseguir alavancar o crescimento económico desta região", afirmou o presidente da APDL. Matos Fernandes recorda que já há dez ligações mensais entre Leixões e Angola, operadas por três companhias diferentes, mas frisa a sua convicção de que o foreland de Leixões deverá crescer, no Atlântico Sul, por via de Angola e dos países de expressão e língua portuguesa.
No mercado brasileiro, Leixões está a pensar mais na economia nordestina, ainda muito fechada às exportações e que se etsá agora a abrir, e, em termos dos países bálticos está a pensar no mercado obvio da Rússia, mas também naqueles países que aderiram recentemente à União Europeia. O Magrebe, "será o mais difícil de montar", admite Matos Fernandes, identificando a Mauritânia, a Argélia, a Líbia como os mercados emergentes a considerar.
De fora destes mercados alvo ficaram "o Oriente, e a América do Norte", porque a APDL acredita e sabe que há em Portugal oferta portuária com "características físicas mais adequadas", referindo-se a Lisboa e a Sines. A primeira conferência decorre já nos dias 4 e 5 de Março destinada ao Magrebe; os mercados da Comunidade Económica PALOP serão trabalhados nos dias 17 e 18 de Junho; a 14 e 15 de Outubro é op Baltimo a região tema e em Fevereiro de 2011 o mercado do Brasil.
2009 com resultados positivos
O ano de 2009 não foi para Leixões o ano de todos os recordes - esse, continua a ser o de 2008 - mas, apesar disso, foi um ano em que o movimento de contentores conseguiu crescer apesar da crise, e que a maior quebra registada se deu nos granéis líquidos (e que em Leixões são da exclusiva responsabilidade da Petrogal), os mesmo que catapultaram a actividade do Porto em 2008.
Quanto à actividade de cruzeiros, e estando ainda a decorrer, até Março de 2011, toda a obra na frente marítima (o concurso para a execução do edifício será lançado dentro de três meses) o Porto de Leixões já foi palco, em 2009, de um primeiro "turn-round" (recebeu, como destino final, um cruzeiro de passageiros). Garante Matos Fernandes que a partir de Março de 2011, e quando estiverem concluídas as obras da frente marítima, o porto poderá receber cruzeiros com 2500 passageiros., e que a APDL já tem " tido um grande numero de solicitações".
O edifício do Terminal de Cruzeiros irá, também albergar a sede do que deverá ser a Fundação Oceanos XXI, que vai ser presidida por António Nogueira Leite. Esta Fundação será a materialização prática das duas candidaturas que foram apresentadas ao Quadro de Referencia Estratégica Nacional (QREN) no âmbito dos clusters do mar.
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Fonte: Câmara de Comércio E Indústria Árabe Portuguesa.