Antigos profissionais de transporte de contentores confessam o seu maior espanto face à velocidade com que as rotas do comércio Ásia-Europa estão a recuperar da quebra de 2009. Fonte ouvida pelo lloydslist.com referiu a sua admiração por o mercado ter recuperado tão rapidamente.
Se a crise tivesse durado mais seis a 12 meses e pelo menos uma linha teria soçobrado", disse ele. Em vez disso, volumes e preços de frete no comércio Ásia-Europa começaram a recuperar aindano ano passado, e agora estão de volta a níveis de 2008, com a maioria das operadoras contactada pelo jornal a mostrar-se confiante de que a recuperação vai continuar pelo menos até o quarto trimestre de 2010, apesar da introdução de seis novos serviços, e de mais dois estarem prestes a chegar.
A capacidade extra já acrescentou cerca de 29 mil teu por semana a esta rota, estando a CMA CGM e a Maersk Line em vias de uma nova rotação operada com navios de 13 mil teu.
Na opinião de Lars Reno Jakobsen, da Maersk Line, os novos serviços não irão adicionar quantidade em excesso, como poderá parece à primeira vista, uma vez que várias linhas estão já a operar em sobre-capacidade nas últimas semanas para atender às exigências dos carragadores. "Portanto, o aumento líquido não é tão dramático como parece", disse ele, acrescentando que "ainda há um bom equilíbrio entre a oferta e a procuraa".
Também o vice-presidente senior da CMA CGM, Nicolas Sartini, confirma que a capacidade adicional está esgotada, apesar dos seis novos serviços recentemente lançados. "Ainda temos uma procura muito forte e nem sempre somos capazes de satisfazer todos os nossos clientes, não obstante a capacidade adicional já na água", disse ele. "O mercado é tão dinâmico que a capacidade extra foi facilmente absorvida."
O curto prazo parece não constitur problema. Quanto às perspectivas a longo prazo, elas são menos fiáveis, pois como descreve um executivo da indústria as perspectivas para o comércio Ásia-Europa são "venenosas", dadas as incertezas que pairam sobre a Europa.
Apesar de todos os sinais de retoma, alguns analistas começam a advertir que o excesso de capacidade está a regressar. Os navios já não navegam a 100% da capacidade, o que está a colocar a pressão sobre as taxas de frete, depois de terem atingido um pico de cerca 4.000 dólares por feu no início do ano. Desde então, essas taxas já caíram algumas centenas de dólares.
Fonte: Cargo News